Nos últimos anos, o número de artigos publicados tem constituído a principal grandeza utilizada pela maioria das Universidades e pelas agências de fomento (CNPq, CAPES, FAPESB, etc.) para quantificar a produtividade científica dos seus pesquisadores.
Contudo, esta medida apresenta limitações de várias ordens: artigos científicos variam substancialmente em relevância; o seu número é frequentemente difícil de comparar entre as várias áreas da ciência e tecnologia e; a avaliação com base neste critério resulta na publicação desenfreada de trabalhos pouco meritórios.
Porém, as publicações científicas são fundamentais no processo de avaliação, podendo constituir uma medida válida, vigorosa e acreditada, desde que se considerem outras vertentes, e não apenas o seu número, para controlar a qualidade.
Assim, podemos nos perguntar:
1) Qual o impacto científico e tecnológico dos artigos publicados?
2) Qual a preponderância de determinado pesquisador no trabalho desenvolvido?
O QUALIS constitui-se em um sistema de avaliação de periódicos, mantido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no Brasil. Este sistema relaciona e classifica os veículos utilizados para a divulgação da produção intelectual dos programas de pós-graduação "stricto sensu" (mestrado e doutorado), quanto ao âmbito da circulação (local, nacional ou internacional) e à qualidade (A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4, e C), por área de avaliação.
As publicações de todos os integrantes do LEDMa podem ser visualizadas em suas páginas pessoais (seção “equipe”) e/ou em seus respectivos currículos lattes. A seguir, é apresentado o resumo dos indicadores quantitativos das publicações do grupo.
Geralmente, um artigo é considerado relevante se, para uma dada área de atuação, tiver Qualis igual ou superior a B2. No entanto, apesar da publicação de artigo em uma revista de boa reputação indicar a qualidade do trabalho, muitas vezes, pode não resultar em grande impacto na comunidade científica internacional. Assim, os índices associados à citação dos trabalhos de um dado pesquisador, elaborados por instituições científicas de credibilidade como os portais SCINCEDIRECT, SCOPUS ou SCIELO são de grande valia para se avaliar a contribuição científica de pesquisadores mais experientes.
O índice h, ou h-index, em inglês, é uma proposta para quantificar a produtividade e o impacto de cientistas baseando-se nos seus artigos mais citados. Em outras palavras, o índice h é o número de artigos com citações maiores ou iguais a esse número.
Assim, um pesquisador com h = 5 tem 5 artigos que receberam 5 ou mais citações; um departamento com h = 45 tem 45 artigos com 45 ou mais citações; e assim por diante.
O índice h tem problemas para avaliar a produção de cientistas em início de carreira ou com baixa produção. Uma ilustração de como o índice h não funciona nestes casos pode ser útil: um pesquisador que publicou apenas 2 artigos, sendo um deles numa revista obscura que lhe rendeu apenas 1 citação e o outro como primeiro autor numa revista prestigiosa como a Nature recebendo 238 citações, terá um índice h = 1 pois ele não tem nem 2 artigos com pelo menos 2 citações.